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Estudos do meio e sala de aula invertida

21 de fevereiro, 2019 - por Max Franco

 

Você que é educador já ouviu falar em sala de aula invertida?

É possível usar a metodologia da aula invertida em um estudo do meio ou em uma viagem pedagógica?

Pois é, há pouco tempo eu também nem imaginava em sala de aula invertida até que me o professor Max Franco, especialista em Inovação em Educação e Coordenador pedagógico da Agência Universo Lúdico, me apresentou um livro chamado: “Sala de Aula Invertida – Uma Metodologia Ativa de Aprendizagem”, de Jonathan Bergmann e Aaron Sams.

Como professor, é essencial nos dias de hoje buscar metodologias ativas para a aprendizagem.  Eu me lembro bem das minhas aulas de ciências nas quais procurava me diferenciar em relação aos métodos praticados para a aprendizagem do ensino fundamental II. Eu sempre me esforcei para aplicar novas formas de docência e, com esse intuito, trabalhava com desenhos esquematizados, pesquisa em biblioteca, vídeos e saídas para estudos do meio, porém nem sempre conseguia atender a todos os alunos em relação as suas dificuldades.

A sala de aula é um método que permite alcançar todos os alunos e estreitar o relacionamento, dentro de uma programação, onde o principal é o rompimento de um paradigma em relação aos métodos tradicionais e o comprometimento do professor na mediação do conhecimento e elaboração das rotinas.

Nesse método, o professor aproveita o tempo que tem na sala de aula não para veicular conteúdos em sala de aula de modo expositivo. Prática que, muitas vezes, se torna maçante para os alunos e que possibilita que nem todos consigam acompanhar.

Com a metodologia da Aula invertida, o professor faz uso de alguma plataforma virtual e “envia” para os alunos as aulas expositivas sobre determinados temas. O aluno vai ter acesso aos conhecimentos disponibilizados em casa, no horário que bem desejar, podendo assistir à aula gravada quantas vezes desejar e achar que precisa. Em vez de entregar os conteúdos no horário da aula ele vai veiculá-los como atividade de extraclasse através de ferramentas como vídeos que são bem aceitos pelos alunos. Na sala de aula, entretanto, esses conteúdos serão trabalhados a partir de diversas atividades propostas pelos professores, o que proporcionará mais tempo para lidar com aluno individualmente e nivelar o conhecimento da turma.

No estudo do meio ou em uma viagem pedagógica a aula invertida pode ser igualmente eficiente. Basta que antes da viagem os conhecimentos contemplados no roteiro possam ser trabalhados por meio de vídeos, podcasts, exposições e quaisquer metodologias que previamente tratem dos conteúdos associados aos destinos visitados. Durante a viagem, o papel dos educadores e guias é de aprofundar esses conhecimentos fazendo uso de diversas metodologias que casam muito bem com a aula invertida: gamificação, storytelling, PBL, debates e tudo que a criatividade e o tempo permitirem. Não há muitas fronteiras para um educador criativo e comprometido. Os profissionais da agência e professores exercem a função de mediadores e consultores do conhecimento para auxiliar os alunos no campo.

Sobretudo depois das competências propostas pela BNCC, cada vez mais é necessário que as escolas e as agências parceiras saibam fazer uso de metodologias ativas para estimular os alunos a serem protagonistas dos próprios processos de aprendizado.

Professor Douglas Ribeiro e Max Franco