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A hora da formação

02 de julho, 2021 - por Max Franco

Há coisa que não tem jeito, ou se faz como tem que ser feito, direito, caprichado, com laço e fita, ou melhor nem se meter a fazer.

Na Educação, por exemplo, há uma porção destas coisas. Uma delas – que está na ponta da lança nos dias atuais – é justamente a tal da “formação continuada”. Afinal, é difícil se pensar em qualquer transição no campo educacional que não passe por algum tipo de formação.

Se a sua escola, por exemplo, quiser implementar a BNCC, terá que formar os educadores.

Se quiser, da mesma forma, trabalhar com metodologias ativas e inovar na sua didática, terá que treinar seus professores.

Se quiser ampliar as suas práticas fazendo uso de tecnologias e plataformas educacionais, não há opção, precisará especializar seus profissionais.

E o Novo Ensino Médio? Todos estão conscientes de como explorar os Itinerários formativos? E projeto de vida?

O que fazer? Simples: formação continuada.

Sem falar que, a capacitação dos educadores implica em outro efeito colateral que é o o estímulo à cidadania, à ética e ao desenvolvimento de habilidades e competências.

As escolas, portanto, devem se tornar espaços voltados não só para o desenvolvimento acadêmico e busca incessante pelo conhecimento, mas também do senso crítico dos alunos. Entretanto, despertar o gosto pelo aprendizado tem se tornado um  desafio cada vez mais difícil nos dias de hoje, ainda mais neste período de pandemia.

Daí a relevância de que os educadores estejam sempre bem preparados e atualizados, tanto para promover questionamentos sobre o mundo quanto para propor soluções a partir de diferentes pontos de vista.

Já sabemos, então, que a Formação continuada de professores como também das equipes técnicas é coisa das mais urgentes na atualidade, mas uma pergunta sobre isso deve ser elaborada: por que a Educação é tão combalida no nosso país?

A primeira resposta que surge é a mais óbvia e sempre vai trazer palavras e expressões tão repetidas que já viraram mantra: falta de estrutura, pouca vontade política, baixos investimentos, salários incompatíveis… É claro que ninguém aqui foi abduzido e levado para Marte. Obviamente, estamos cientes de todo este quadro crítico, mas ninguém escolheu ser educador sem saber destas questões. Não estamos na Finlândia e o Brasil tem problemas na Educação desde José de Anchieta.

Pois conhecedores destas dificuldades, nos resta propor soluções. Lágrimas não são combustível de coisa alguma. Precisamos, portanto, é de ação, mas não qualquer ação. Antes de Prepara+ação. Isto é: planejamento.

E – claro – de muita coragem e perseverança.

Somos educadores, afinal. Educador é também aquele que educa a dor.

Em outras palavras: aquele que assimila os golpes, se ergue e luta. Um país inteiro depende de nós.