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Transformação digital na Educação

19 de junho, 2023 - por Max Franco

A transformação digital é tema onipresente nos dias atuais

A transformação digital é urgente em todas as áreas do mercado atual e, como não poderia ser diferente, também na educação.  O fenômeno já existe há alguns anos, mas foi ainda mais pressionado pelo advento da pandemia e pela necessidade de distanciamento que modificaram as rotinas sociais. A pandemia provocou, portanto, uma aceleração na busca de recursos e ferramentas do mundo digital.

Os dias atuais são definidos pela perseguição a um novo Santo Graal e este é, sem dúvidas, a busca frenética por modernização e transformação digital. É um clichê, mas, neste caso, realmente, tempo é dinheiro.

Entende-se por transformação digital, o aperfeiçoamento de processos por meio de ferramentas tecnológicas. É preciso compreender, no entanto, que transformação digital é, antes de tudo, uma mudança estrutural nas instituições, as  quais adotam a tecnologia, não mais, como uma ferramenta eventual, mas como um recurso comum no cotidiano. A tecnologia por si só não resolve muita coisa, mas, sem ela, fica difícil de se sobreviver. Tecnologia é, hoje, o ticket para entrar na festa.

Tal tendência invadiu as empresas privadas, instituições públicas e, também, as casas de Educação. O resultado não poderia ser diferente: a tecnologia contribuiu para otimizar desempenhos e potencializar resultados, trazendo diversos benefícios para todos os atores envolvidos no processo. Neste campo, a pandemia não criou nada. Ela apenas acelerou as ocorrências que, mais cedo ou mais tarde, iriam suceder, exigindo que pessoas e empresas se adaptem imediatamente ao uso de tecnologias e ambientes virtuais. A ideia é reinventar-se, e rápido.

A onda da transformação digital não demorou a invadir os litorais da Educação, afinal, depois do advento da pandemia de covid 19, da noite para o dia, a única maneira que possibilitou a realização de aulas foi a partir do uso de tecnologias. A bola da vez e coqueluche do momento é a inserção das inteligências artificiais. Elas, afinal, vieram para turbinar ou destruir a Educação? É importante, então, compreender como tais recursos tecnológicos podem modificar os processos educacionais.

Algumas plataformas digitais, inclusive, possibilitam uma interação mais dinâmica entre professores e alunos favorecendo que existam atividades compartilhadas nas quais os alunos tenham acesso a arquivos e documentos em ações colaborativas, como trabalhos em grupo.

A transformação digital na Educação não é encontro que possa ser adiado com facilidade. Tudo indica que a Educação será modificada para sempre, porque o uso de tais recursos deve, cada vez mais, ser disseminado, mas, primeiro, pelos alunos que têm a tendência de serem mais antenados com as tecnologias. Os professores é que precisam, o mais breve possível, assimilar as novas ferramentas e utilizá-las de maneira a aproveitar seus melhores predicados. A má notícia é que não há apenas os melhores.

As IA´s e os ambientes virtuais de aprendizagem são, portanto, instrumentos que vieram para ficar quando se fala de transformação digital na educação. Por meio destes recursos, é possível fazer levantamentos de dados e modelar a didática para que alcance o requinte da individualização, com uma prática orientada para as especificidades e necessidades de cada aluno. O uso do ensino híbrido, por sua vez,  possibilita para o processo de ensinagem um blend que reúne diversas metodologias ativas, tais como a gamificação, o PBL, a pedagogia de projetos, a cultura maker e, ainda, a junção dos aprendizados online e offline. Desta maneira, a escola pode oportunizar momentos de estudo individual, por meio do ambiente virtual, e períodos presenciais, que estimulem a cooperação entre os estudantes.

É fundamental, portanto, que a cultura digital seja motivada nas instituições para que seja possível estabelecer a rotina de se fazer uso dos recursos digitais. A linguagem do mundo virtual é uma nova forma de comunicação que não veio a passeio. Os métodos de ensino devem contemplar este novo idioma e abarcar os recursos modernos, como vídeos, podcasts, games, narrativas e conteúdos interativos. Os educadores devem aprender – e com urgência – a fazer uso de IA´s, aplicativos, redes sociais, sites e plataformas virtuais a fim de potencializar o engajamento de alunos, famílias e, também, dos próprios educadores.

A mudança de atitude precisa ser gradativa, contínua e planejada a fim de que todos os envolvidos possam entender as questões envolvidas nessa transformação, como também, consigam se adequar, paulatinamente, às eventuais demandas que um movimento de tal monta exige. A família, por exemplo, precisa compreender que a utilização destes recursos tecnológicos são apenas “meio” e, não, fim. Portanto, não deve haver quaisquer perdas de aprendizagem, mas, ao contrário, com o aumento do envolvimento dos alunos, deve aumentar o interesse dos alunos pelo estudo. As ferramentas tecnológicas devem contribuir para potencializar a aprendizagem e o protagonismo dos alunos.

Há palavras que são intrínsecas aos novos modelos de Educação: autonomia, flexibilidade e engajamento.

Entretanto, para que a transformação digital possa ocorrer de modo eficiente em qualquer casa de Educação, há um fator que, obrigatoriamente, deve fazer parte do seu planejamento. Afinal, sem treinamento dos profissionais, não adianta nada se investir em tecnologias. Quando se fala em digitalização na Educação, não há como se separar tecnologias de metodologias.

Este treinamento deve evidenciar a importância da aplicação das metodologias ativas principalmente quando são associadas às tecnologias, com o principal intuito de explorar ao máximo as suas potencialidades.

O fato é que a transformação digital, seja na Educação, seja em qualquer área, não é mais um advento que está reservado ao futuro. Este futuro já chegou e não irá embora. A Educação não tem opção a não ser se adaptar. Alguns o farão melhor e mais cedo. Os outros… Os outros talvez nem sequer existirão mais.