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Antes que a Morte
08 de abril, 2016 - por Max Franco
Qual é a grande certeza da vida? Todo mundo sabe, é um clichê. Mas, mesmo sabendo, a maioria evita e tenta não pensar na tal da Morte.
No entanto, ela está lá na frente esperando por todos. Lá na frente quando? Hoje? Em 15 minutos? Antes de terminar este post? Amanhã? em 2073 (espero!). Morte é coisa desavisada. Ela chega sem marcar na agenda. Chega porque é da Morte chegar. A verdade é que só há uma coisa mais natural do que viver, e é morrer.
Nessa propaganda do TC Bank, tailandesa (sim, mais um storytelling bastante emocional oriundo da Tailândia!), a mensagem é simples: pessoas extraordinárias fazem coisas fora do comum ( e por isso, elas também precisam de um banco extraordinário, claro!).
A peça trata de uma história verídica: temos estes idosos sofrendo sob o jugo da velhice. Os achaques da idade estão cobrando as suas promissórias. Um amigo tinha partido desta para melhor (isso se chama eufemismo. Lembre-se: você estudou figuras de linguagem na escola. Recorda-se também da hipérbole? É exatamente o contrário!). Outro tem câncer. Um perdeu a mulher. Outro está surdo. Qual o destino certo? A Morte está a caminho e não demora nadinha. É neste contexto que um deles tem uma ideia brilhante: ” Vamos andar de moto”. A ideia é louca! Mas, sensacional!
É preciso subverter o esperado e aproveitar a vida enquanto ela ainda pulsa. Sugar cada gota da vida enquanto há vida para se viver. Os caras fazem uma viagem maravilhosa de moto, como faziam quando eram jovens. Um storytelling primoroso, emocional, que deixa um legado para todos nós que amamos tanto a rotina, a zona de conforto, o maldito tudo-do-mesmo-jeito-todos-os-dias. Muitos tão corroídos pela ferrugem do cotidiano tantas vezes repetindo diariamente aquilo que mais odeiam sem se dar conta de que a vida é tão passageira que desce já do ônibus.
É clichê. É meio brega. Mas, a vida também é. A nossa vida não é lá muito sofisticada. Nosso dia-a-dia, geralmente, é repleto de casuísmos, de pagar contas e contrair outras, de fila do pão, engarrafamentos e sorrisos de conveniência. Aqui e acolá é que nos permitimos alguma fuga deste roteiro que nós mesmos escrevemos a para nossa vida. Depois morremos. Alguém vai chorar ( esperemos!), depois talvez alguém vai ter saudade. Em duas gerações, seremos um nome lembrado ocasionalmente. Depois, nem mais isso.
O que fazer? O clichê: fuja dos clichês!
É loucura, mas o que dá algum sentido à vida é que ela acaba. O bom do sorte é que ele é finito. Ninguém acharia muita graça num sorvete inacabável, diário, compulsório.
Vá andar de moto. Pegue as pessoas que você amar coloque do lado o máximo que puder. Cada um tem a sua moto. Antes moto do que morto. Antes vivo do que morto-vivo. Zumbi só é legal na tv.
Recomendo mil vezes.
Assistir ao filme e pegar a sua moto.
O mundo nos espera.
Afinal, estamos vivos!
Confira com legendas em inglês aqui.
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