“São tudo histórias, menino. A história que está sendo contada, cada um a transforma em outra, na história que quiser. Escolha, entre todas elas, aquela que seu coração mais gostar, e persiga-a até o fim do mundo. Mesmo que ninguém compreenda, como se fosse um combate. Um bom combate, o melhor de todos, o único que vale a pena. O resto é engano, meu filho, é perdição.” (Caio Fernando Abreu)

De todas as atividades que desempenho profissionalmente – escrever, realizar palestras, consultorias e treinamentos corporativos e educacionais, criar conteúdos para sites e materiais pedagógicos – sem a menor dúvida, a que mais me dá prazer é ministrar aulas.

A aula, bem mais do que a palestra e o treinamento, fornece um campo de interação e de troca que gera um desdobramento delicioso: o crescimento do professor.

Atualmente, ministro aulas em algumas faculdades de Fortaleza e do estado de São Paulo. Geralmente, trato de tendências da Educação, Metodologias ativas e, claro, meu tema predileto, storytelling, a força das narrativas. Um assunto tem o privilégio de ser inesgotável. Portanto, essas aulas são terrenos férteis de aprendizado mútuo. Um processo que, por sinal, não acaba quando a aula acaba, porque, muito tempo depois, às vezes, anos depois, um ex aluno me procura pelas redes para me enviar uma matéria jornalística, um vídeo esclarecedor, um artigo acadêmico… em outras palavras, aprendizado constante e crescente.

É sempre sublime quando um sujeito encontra seu tema ou quando um tema encontra seu sujeito. Há um bocado de gente por aí que passa uma vida inteira garimpando seu tema, migrando de quintal a quintal, pulando as cercas de terrenos alheios, em busca de algo pelo qual se apaixonar.

Eu leio com frequência desde os 14 anos. Prometi-me, sei lá por qual motivo, que leria um livro por semana – e leio desde os 14. Estudo, ensino e produzo textos e Literatura há mais de 30 anos. Alimento esse blog, escrevi 9 livros e alguns artigos científicos. Entretanto, quando penso na amplitude desse universo chamado storytelling, quando vislumbro a quantidade de mitos, lendas, histórias ficcionais e histórias “oficiais”(aquelas dos livros de histórias), sei que a estrada só está no seu início. É nessa hora que observo que estou ainda no 1o quilômetro da maratona.

Por sorte, tenho o melhor centro de treinamento que existe, um lugar que incentiva a proficiência, a melhor escola que existe, a escola.

Pois que venham ainda mais histórias.

Não há notícia de alguém morrer de overdose de histórias.

> Para ilustrar, disponibilizo um dos materiais que utilizo nas minhas aulas e treinamentos. Um recurso direcionado para o aprofundamento sobre a “Jornada do herói”, a famosa sequência identificada por Joseph Campbell nas histórias criadas pela humanidade desde tenras épocas:

• Exercitando storytelling com padlet

Sugestão de vídeo para apoio ao exercício: