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Foi-se 2022! Que venha 2023!

29 de dezembro, 2022 - por Max Franco

Mais uma vez, preciso citar Rubem Braga, cronista virtuoso, que, aos 80 anos, declarou: ultimamente têm passado muitos anos.

Entretanto, 2022 foi um ano antagônico, ao mesmo tempo em que foi um ano veloz, parece que durou alguns anos. E foi, também, “copo meio cheio”. Houve grandes vitórias, fundamentais, insubstituíveis. E entre as coisas mais fundamentais ainda, o Vasco da Gama, por exemplo, subiu para a 1a divisão, que é o seu lugar e nunca devia ter saído. Em compensação, temos a Argentina campeã do mundo. Mas, poderia ter sido pior, bem pior.

O que descobrimos em 2022? Uma delas é que a ignorância pode não ter limites nem vergonha. E que há mais doido no mundo do que imagina a nossa vã consciência.

Como já declarei anteriormente, a verdade é que tempos difíceis existem não só em virtude dos acasos, das intempéries, das condições financeiras, sociais e sanitárias. Pessoas fracas também criam períodos difíceis. Entretanto, tempos extremos também podem servir para cunhar pessoas fortes, duras, corajosas e íntegras.

Viktor Frankl dizia: quando a circunstância é boa, devemos desfrutá-la; quando não é favorável devemos transformá-la e quando não pode ser transformada, devemos transformar a nós mesmos.

Transformar-se não é uma opção. Transformar-se é a única condição para a sobrevivência. Mas é oportuno que nos transformemos em algo melhor. Estou mais feliz com 2022, porque acho que nesse ano fui um sujeito melhor do que em anos anteriores. Considero suspeitamente que evoluí. Em 2023, espero mais ainda. para isso, tenho até as costumeiras resoluções de ano-novo. Aprendi, porém, que devem ser poucas. Quem faz muitas não realiza nenhuma. Por isso, fiz pouquinhas, para ter foco. E para que me arrependa menos caso não as concretize.

2022 nos fez perguntas importantes. Acredito que houve mais respostas certas do que erradas e, por isso, podemos ir para 2023 com (alguma) esperança.

2023 está aí, toca a campainha para que o deixemos entrar. Não há opção de deixamos ou não. Anos não precisam de nós. O Tempo é inexorável e passa por cima de tudo e de todos. O Tempo, senhor de tudo que há sob ou sobre o céu. Já esperei anos ruins e foram bons. Já esperei anos péssimos e foram até bonzinhos. Como será 2023?

Espero que seja um ano no qual qual o copo tenda a ficar mais cheio do que vazio e que eu seja forte para enfrentar toda a aridez que se apresente. Desejo o mesmo para todos aqueles que amo e para quem admiro. 

Digo o que sempre digo: anos não definem nada, não são bons ou ruins, não dizem nada. Nós fazemos os anos e não o contrário. Pois venha, 2023! Pronto ou não, estou à espera das suas dádivas, dívidas ou dúvidas.