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A escola do filho

21 de março, 2017 - por Max Franco

 

À Equipe do Colégio Educacional,

É tomada de grande emoção que me reporto aos profissionais desta Casa de Educação para informar que o meu filho, a partir da próxima semana, não mais frequentará a Escola que tanto ama.

Nós temos memória e sabemos que nem sempre foi assim.

Ao contrário.

Joaquim detestava a escola. Qualquer escola. Ele era um garoto de temperamento forte, inquieto, dispersivo e, por vezes, agressivo.  Havíamos já passado por duas outras escolas. Em nenhuma, ele se adaptou, porque, da mesma forma, nenhuma quis se adaptar ao Joaquim. A nossa maior fortuna foi que, no Educacional, tudo ocorreu diferente.

Antes de tudo, vocês sabem exatamente o que  significa a palavra criatividade e sabem, como poucos, aplicá-la no dia a dia.  Vocês são ousados sem perder os valores nos quais se pautam. Exigem disciplina sem autoritarismo. Pedem interação sem perder desempenho. E, principalmente, são humanos e afetivos sem perder a autoridade.

A primeira coisa que me impressionou na Escola foi o vosso apreço pela Arte e pelo Esporte. Existe Arte por toda a parte. Em vez de sirene, música clássica. Réplicas de obras de Arte por todo o lado. Atividades artísticas sempre que possível.  O Esporte, em vez de ser apenas competitivo e para “dar nome à escola”, uma grande oportunidade para se ensinar a lidar com derrotas e vitórias, além de  trabalhar em equipe.

Joaquim amou tudo o que vocês fazem para estimular o estudo: aulas instigantes, interativas e criativas; plataformas tecnológicas; professores bem pagos e bem formados; viagens pedagógicas para diversas partes do Brasil e do mundo, salas de aulas dinâmicas e aparelhadas, aulas de formação humana trabalhando habilidades e competências, sistema de ensino completo e atualizado, fóruns e debates, aulas de teatro, culinária, dança, ioga, capoeira, judô, tecido… Vocês não cansam de nos surpreender.

Mas, não é só por isto que venho aqui lhes agradecer, mas, principalmente, porque neste colégio, dentro destas paredes, o meu filho foi enxergado como gente, como um ser humano único com as suas particularidades, e não como um número ou como um mero realizador de   exames. Aí, com vocês, Joaquim foi feliz e aprendeu a ser o jovem que se tornou. Um rapaz digno de orgulho pelos seus valores e, mais ainda, pelas suas atitudes.

A partir da semana que vem, Joaquim não mais estuda nesta escola. Joaquim se formou e no próximo ano vai cursar engenharia na Universidade Federal. Tenho que lhes agradecer imensamente porque sem vocês não teríamos conseguido.

Obrigado por nos ajudarem a forjar o caráter destes jovens. O mundo bem que precisa de seres humanos com esta qualidade. Continuem sendo este modelo de excelência e de humanidade.