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A Evolução da Educação
11 de abril, 2020 - por Max Franco
Não é o mais forte, mas o mais adaptável, foi o que descobriu Darwin, para espanto do mundo inteiro (inclusive até hoje para alguns!). Eu aprendi esse conceito na escola, mas não estou muito seguro de que essa mesma escola se recorde dessa premissa, especialmente, nos dias de hoje.
Digo “especialmente nos dias de hoje” por uma razão bastante evidente: estamos em tempos de corona-vírus e, por isso, isolados. O que a escola e, de maneira geral, as instituições de ensino estão fazendo? Simples: batendo cabeças.
Esse período difícil de pandemia de covid-19 está servindo para revelar muitas rachaduras na paredes das nossas instituições de ensino brasileiras e, entre elas, é o despreparo dos nossos profissionais da área de ensino. Afinal, as plataformas educacionais estão disponíveis há tempos. As metodologias ativas, também. Por que está sendo tão difícil ou ainda mais difícil? Porque as instituições não sabem nem usar essas tecnologias nem essas metodologias. Tiveram tempo de formar seus profissionais? Claro que tiveram! Por que não fizeram? Não se sabe.
É óbvio que ninguém imaginava viver uma crise de tal espectro, mas essa não é uma desculpa tão aceitável porque essas ferramentas são aplicáveis e úteis não só nesse quadro crítico no qual estamos inseridos, mas também no período ordinário da escola básica e das casas de Educação de Ensino superior.
Precisamos dar fim ao método atrasado da aula expositiva, palestrada e apassivadora. Ela pode existir, claro. Mas fazendo parte de um blend formado por outras metodologias e tecnologias. Os professores urgentemente precisam se atualizar. A Educação 4.0 trabalha em cima de outras premissas. Os alunos precisam de participação, cooperação, exposição e competição para aumentar o engajamento na sala de aula e o apreço pelo conhecimento. Aula é lugar de experiências e de afetividade. É lugar para se errar, acertar e, principalmente, co-criar, de criar juntos, com cooperação e empatia.
Para tal, pouca iniciativa é mais indicada e adequada do que a gamificação. É uma das metodologias ativas mais assimiladas pelas novas gerações e, também , uma das que mais gera melhores resultados pedagógicos. Afinal, todos gostamos de jogar e de competir, então, por que não podemos aprender enquanto jogamos, ou por que não podemos jogar enquanto aprendemos?
A verdade é que soluções existem para os tempos de crise e para os tempos pós-crise. São acessíveis e fáceis de gerir, às vezes o que falta é um pouco de boa vontade de procurar e de instituir novas rotinas. É que a zona de conforto tem esse nome porque ela é realmente confortável. Mas, geralmente, também é letal.
Mas, como diz o historiador Yuval Harari, a história odeia o tédio e o silêncio. As mudanças sempre ocorrem. A única certeza que temos é que nada é para sempre. Tudo muda o tempo todo, diz a famosa canção do Lulu Santos.
E nós precisamos mudar juntos. Precisamos, em outras palavras, nos adaptar.
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