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Sistemas de ensino no Brasil

22 de maio, 2018 - por Max Franco

Viver  é criar conceitos e perder preconceitos.

Falo de conceitos e preconceitos porque fui professor de escola básica, ensinando Língua portuguesa, redação e literatura, durante vários anos. Acredito que, naquele período, eu teria odiado trabalhar com sistemas apostilados de ensino.

Digo isso porque a minha característica como professor era (e ainda é) a de formatar as minhas aulas  de acordo com as peculiaridades de cada turma. Há grupos que funcionam bem com determinadas metodologias. Grupos que reagem bem à aula expositiva, mas nem tanto ao uso do PBL ou da aula invertida. Outros alunos se relacionam de modo bacana à inserção de gamification e de storytelling. Outros,  com estudos do meio ou até com a construção conjunta de mapas conceituais. Não faltam métodos para fomentar o engajamento da sala de aula. Cada grupo pede o próprio blend composto por diversas metodologias e abordagens pedagógicas.   E esta é a grande carência de qualquer plataforma de ensino: o engessamento. A aula em escala, ao meu ver naquela época, era C&A e Riachuelo em demasia. Enquanto sempre preferi Armani, ou melhor, alfaiataria.

No entanto, o tempo passa e algumas concepções seguem viagem com ele. Hoje, depois de ter trabalhado com sistemas de ensino e conhecido com maior profundidade as suas práticas, consigo contemplar com clareza muitas das vantagens ( e são realmente muitas!).

O que um bom sistema de ensino pode trazer para a sala de aula que nenhum livro didático é capaz? Respondo com tranquilidade:

  • Tecnologia;
  • Atualização;
  • Profundidade e amplitude de conteúdos;
  • Preparação para o ENEM e vestibulares;
  • Assessoria pedagógica.

Portanto, se você, professor, tiver os mesmos preconceitos que eu tinha, sugiro-lhe arejar as suas categorias mentais e observar com mais abertura tudo o que esse pessoal traz de ferramenta para lhe ajudar no seu trabalho. Há muita coisa boa. Há um aparato tão completo que – jamais – um livro de didático poderia lhe oferecer.

Mas, e a criatividade?

Não há fronteiras para o criativo, há? Existe sempre a possibilidade de você trazer algo seu, autoral, pessoal, para a sua aula. A aula, por sinal, não lhe foi subtraída. Ferramentas são sempre acessórios. Apenas acessórios. Não é o uso de determinado pincel que define a pintura. Não é o cinzel de delimita a escultura. É bom que sejam excelentes, mas – unicamente – para lhe auxiliarem na sua aula. 

Esta é a promessa de certas plataformas de ensino brasileiras: prover alguma customização para as suas soluções educacionais. Seria como poder reunir a flexibilidade da alfaiataria com a qualidade de um Armani, mas com uma escala de C&A ou Riachuelo. Isso é possível? Deixe que um cético lhe responda: sim, é. Não é fácil, mas é possível. Experimente que você também vai ter a mesma convicção.

Peço que confira os meus comentários no vídeo que disponibilizo e estou aberto para o debate. Agradeço toda contribuição.

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