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As 16 lições de 2016
31 de dezembro, 2016 - por Max Franco
No fim de 2015, olhei no retrovisor e o defini como o ano no qual tivera o maior aprendizado em toda a minha vida. Lembro-me também que pensei, outrora, que este título pertencia à 2014. Entretanto, no fim deste ano que se faz moribundo, tenho absoluta certeza de que jamais aprendi tanto quanto em 2016.
Estou feliz com este fenômeno por uma razão simples, se continuar nesta levada – pelas minhas contas – em menos de 70 anos, serei, enfim, um homem sábio. Portanto, ainda há esperança…
Este mestre chamado 2016 foi um professor implacável, muito mais pinochetiano do que piagetiano. No intuito de ensinar , não titubeou em usar a régua e a palmatória, um mestre à moda antiga, daqueles que ignora as legislações atuais e as novas práticas educacionais.
Talvez seja por isso que 2016 sai das minhas mãos da mesma forma que, certa vez, consegui arrancar um anzol encravado no meu polegar. Sai, mas resiste e sai doendo, sangrando…
Você talvez me questione e diga que não foi o ano que me fez algo. Que o calendário é uma mera convenção e, por isso, não faz bem nem mal. Datas servem apenas para marcar. Não dá para culpar este ou aquele ano. Ano é troço inofensivo.
Mas, esta é a primeira coisa que aprendi em 2016: que datas importam. Afinal, todo mundo precisa de marcações, de celebrações e de fronteiras temporais. Porque sempre traz algum alento imaginar hoje como passado e que amanhã, em poucas horas, é um novo presente. Por isso, como um novo tempo, é merecedor de esperança e, até, de fé.
Não deve importar a ninguém a não ser a este papel virtual que aqui mancho com as minhas toscas palavras o que, de fato, aprendi em 2016. Mas, como é hábito que costumo cultivar, o de sempre respeitar papel e palavras, vou elencar estas lições de 2016. Para quem aprender com elas? Ele, o papel.
1.Aprendi que datas são importantes e já expliquei o motivo;
2. Que o político brasileiro é um poço sem fundo de corrupção e incompetência. Eu que sempre imaginei que ele era apenas péssimo;
3. O problema da humanidade é a carência coletiva e disseminada de empatia.Ninguém escuta mais ninguém. As pessoas só fazem silêncio enquanto elaboram argumentos para rebater;
4.Todo mundo está de pavio curto. Todos estão pagando um boi e uma boiada para entrar e nunca mais sair de uma boa ou de uma má briga;
5. Aprendi que o Tite é mesmo o melhor técnico do Brasil;
6. Que não há nenhum limite para a ingratidão humana nem para a sua covardia;
6. Não é verdade que a força da natureza mais complicada que existe é uma mulher. Uma ex mulher é tremendamente mais complicada;
7.Você pode ter amigos verdadeiros, mas eles raramente passarão de cinco. O resto fica só por interesse. Por sinal, não há essa de “amigo verdadeiro”. Se não for verdadeiro, não é amigo;
8.Também não há limites para o Amor. O Amor faz até o impossível possibilitar-se;
9. Nada mais desacreditador do que alguns crentes;
10. Aprendi mais uma vez e com força que nada é de graça. Mais cedo ou mais tarde, a conta chega. Nesta hora é bom saber também o significado da palavra “resiliência”;
11. Meus filhos são mais maravilhosos do que eu já os considerava. São seres admiráveis que me ensinam todos os dias a ser melhor do que sou;
12. Academias não são tão ruins quanto parecem. São piores;
13. Não há ruim que não possa piorar, mas também não há bom que não possa melhorar;
14. Aprendi também que músicos podem ganhar prêmios de escritores;
15. Que a gente é mais forte do que imagina;
16. Aprendi também a dizer: Fora, Temer! Fora, Dilma! Fora, Cunha! Fora, Renan! Fora, Aécio e Serra! Fora, todos estes parasitas dos infernos! Deixem-nos em paz!
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