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O mito Star Wars
18 de abril, 2016 - por Max Franco
Joseph Campbell e George Lucas, dois gênios da modernidade.
Lucas foi um jovem cineasta que, influenciado pela obra de Campbell, produziu um filme sem grandes pretensões. Um daqueles chutes que, mesmo longe do gol, acertam o ângulo. O rapaz transformou uma história clássica, uma aventura de capa e espada ocorrida num futuro distante, num fenômeno mundial. Algo da família dos mitos. Como conseguiu?
Simples: ele usou a estrutura descoberta e registrada por Joseph Campbell, a famosa Jornada do Herói.
No meu livro “Storytelling e suas aplicações no mundo dos negócios”, eu trato com profundidade deste tema aclamado. O fato é que, como afirma o mitólogo, as histórias contadas e recontadas pela humanidade, em qualquer tempo e lugar, obedecem – quase sempre – uma sequência típica. O que ele apelidou de Monomito.
A estrutura do Monomito, ou Jornada do herói (que aqui compartilho), é encontrada nas lendas, histórias, tradições e religiões do mundo inteiro. Como explica Jung, ela está no arquétipo humano.
Quer contar uma história que prenda e toque o seu ouvinte? A técnica é essa! Quer engajar colaboradores e atrair clientes? Também.
Aqui vemos, mais um caso de intertextualização. Novamente, a obra de Lucas é utilizada (e muito bem) pelo mercado. Temos um herói com arma defeituosa e um mentor que a conserta. Em muitos mitos, é o mentor que entrega ao herói a sua arma ou, em alguns casos, não há armas, mas ele o ensina a lutar.
Confiram a simpática campanha da Volkswagen. É um excelente case de bom uso do Storytelling.
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