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Storytelling como metodologia ativa na Educação
23 de março, 2023 - por Max Franco
https://www.youtube.com/watch?v=Q_2pTeaUnNU&t=1265s
A Saga do herói ou Monomito, como define Campbell, está presente, há milênios, no inconsciente coletivo. Mas, a grande surpresa é saber que ela não está inserida apenas nas narrativas ficcionais. A aprendizagem pode ser também interpretada como uma “jornada de descobertas”.
É fundamental, portanto, que os aprendizes sejam continuamente desafiados a superarem obstáculos e a resolverem problemas impostos pelos seus professores, ou mentores.
Há três aplicações diferentes da metodologia do storytelling no processo de Ensino-aprendizagem:
– A utilização do storytelling como um recurso estético e atraente ao discurso do professor para atrair a atenção do aluno e trazer exemplos que esclareçam processos;
– A “Jornada” do aprendiz, que é feita pelo estudante;
– A “Jornada” do mentor, que é feita pelo professor (palestrante, consultor ou facilitador de treinamentos). Todo professor deve se tornar mentor.
Kipling dizia que se a História fosse ensinada por meio de histórias, ela jamais seria esquecida. Mas podemos ensinar tudo por meio de histórias? Há, por exemplo, como se ensinar química ou biologia usando storytelling?
É comum que grandes professores e oradores sejam sempre bons contadores de histórias. Mas há de se entender como se faz para “encaixar” o conhecimento que se deseja veicular dentro de uma narrativa bem construída e atraente para os ouvidos dos seus alunos.
Grandes cientistas e pesquisadores fizeram uso de histórias para explicar as suas descobertas, como fez Newton no famoso caso da maçã para explicar as leis da gravidade. Fernando Palácios, no seu O Guia completo do storytelling (p 180, 2016), aponta que educadores também utilizam de narrativas para atrair a atenção dos seus alunos, com tais benefícios:
– Gerar uma comunicação mais próxima com o jovem;
– Conquistar o interesse de novos alunos;
– Transmitir conhecimento de forma mais interessante;
– Garantir um aprendizado mais eficiente, por ser demonstrado na contextualização;
– Permitir uma intertextualidade entre disciplinas, já que as histórias nunca são sobre o mesmo assunto.
Acima de tudo, como afirma Palácios:
O storytelling pode resolver aquilo que chamamos de Paradoxo da Compreensão:
“Só se compreende um novo conhecimento quando se presta atenção, só prestamos atenção naquilo que consideramos útil, só julgamos como útil aquilo que somos capazes de compreender” (PALÁCIOS, p 180, 2001)
O storytelling é um método “elástico”, porque ele pode ser utilizado por diversas metodologias pedagógicas, inclusive a tradicional aula expositiva. Na verdade, o storytelling é ideal para “salvar” a aula palestrada da sua natural monotonia, afinal, por meio de narrativas bem construídas e contextualizadas, qualquer conteúdo pode ganhar cores mais atraentes e, portanto, serem assimilados de forma mais eficaz.
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